HORÁRIO

sábado, 29 de janeiro de 2022

Orientação de Estudo

Orientação  de Estudo

Materiais e documentos em: https://drive.google.com/drive/folders/143HXqFor0j4RiZq6UQSIl2IBEi97h-jX?usp=sharing

A  introdução  da  Orientação  de  Estudo  na  matriz  curricular  do  Ensino  Integral deve-se,  em  primeiro  lugar,  à  estratégia  de  que  aprender  a  estudar  é  condição primordial  para  o  desenvolvimento  da  autonomia  de  nossos  estudantes.  Parte-se  da percepção  de  que,  em  geral,  o  que  ocorre  nas  escolas  é  que  os  procedimentos  de estudo  exigem  uma  abordagem  adequada  ao  conteúdo  do  ensino.  Tais  procedimentos como  a  elaboração  de  resumos,  fichamentos,  resenhas  e  esquemas  são  mais  efetivos quando  utilizados  segundo  metodologia  própria  nas  orientações  dos  diversos professores.  Portanto,  faz-se  necessário  contribuir  para  que  os  alunos  tenham experiências  cada  vez  mais  exitosas  e  significativas,  apoiadas  em  diversos instrumentais  de  trabalho  que  o  acompanhem  ao  longo  de  sua  trajetória  escolar.

Nessa  perspectiva,  vale  lembrar  que  tanto  a  escrita  quanto  a  leitura  são  o  pano de  fundo  para  o  desenvolvimento  de  diferentes  formas  de  estudo.  No  caso  da  leitura, ela  é  sempre  determinada  por  um  interesse  que  pode  variar,  dependendo  da intencionalidade  do  leitor.  É  possível  ler  para  se  emocionar,  para  passar  o  tempo,  para se  divertir,  para  se  lembrar  de  algo,  para  seguir  uma  instrução  ou  para  estudar,  que  é  o mote  deste  texto.  

Ao  ler  para  estudar  lança-se  mão  de  várias  estratégias  de  leitura  utilizadas também  em  outras  situações,  como  salienta  Myriam  Nemirovski.  “A  prática  da  leitura une  duas  pontas  de  um  caminho  que  pode  transitar  entre  estudar  para  ler  e  ler  para estudar”.  

 

Assim,  desenvolver  o  hábito  de  estudo  pressupõe,  além  de  práticas  de  leituras e  escritas  diversificadas,  boas  situações  de  aprendizagem  que  possibilitem  aos estudantes  se  apropriar  de  diferentes  formas  de  estudo  como,  por  exemplo:  localizar informações  em  um  texto  em  função  dos  objetivos  de  leitura  que  se  tem;  diferenciar as  informações  relevantes  das  periféricas  e  sintetizá-las;  criar  novos  registros  a  partir de  várias  leituras  realizadas  durante  uma  pesquisa;  organizar  um  fichamento; expressar  o  que  se  compreendeu  de  diferentes  maneiras;  reorganizando  as informações  para  compartilhá-las  em  debates;  seminários  etc.

O  ato  do  estudo  envolve  diferentes  práticas  de  linguagem,  que  precisam  ser desenvolvidas  também  como  conteúdos  de  ensino  e  é  aqui  se  instaura  objetivo  central da  atividade  complementar  de  Orientação  de  Estudo.

O  trabalho  realizado  na  Orientação  de  Estudo  precisa  ser  definido  a  partir  de suas  características  que  é  de  assegurar  momentos  específicos  onde  aprender  a  estudar ganhe  centralidade  nas  práticas  de  ensino.  Dessa  forma,  é  necessário  ter  clareza  dos objetivos  desta  atividade  complementar  e  a  partir  deles  planejar  previamente  quais  os procedimentos  que  serão  trabalhados  em  cada  bimestre  do  ano  letivo.  

O  início  do  ano  letivo  é  um  bom  momento  para  realização  deste  plano  de trabalho  que  pode  inclusive  ser  elaborado  com  a  participação  dos  professores  das demais  áreas  do  conhecimento,  haja  vista,  que  as  orientações  de  estudo  desenvolvidas nesta  atividade  complementar  repercutirão  favoravelmente  em  todas  as  disciplinas  do currículo  escolar.  Assim,  garante-se  uma  progressão  no  ensino  destes  procedimentos que  poderão  ser  retomados  e/ou  aprofundados  nos  anos  subsequentes.  

A  colaboração  dos  professores  das  disciplinas  da  base  nacional  comum  pode  se dar  também  na  seleção  de  textos  que  serão  desenvolvidos  na  aula  com  estes estudantes,  lembrando-se  que  o  foco  não  está  no  ensino  do  conteúdo  do  texto  em  si, mas  no  ensino  do  procedimento  trabalhado.  Os  estudantes,  ao  terem  a  oportunidade de  se  apropriar  de  diferentes  estratégias  de  estudo  desenvolverão  aos  poucos  o  hábito e  o  gosto  pelo  ato  de  estudar.

É  importante  começar  o  trabalho  priorizando  os  procedimentos  de  estudo  mais comumente  utilizados  pelos  estudantes  ao  realizarem,  por  exemplo,  uma  pesquisa,  um seminário,  um  debate  entre  outras  propostas  de  trabalho  mais  comuns  no  ciclo  II  do ensino  fundamental  e  no  ensino  médio.

Nessa  perspectiva,  reitera-se  a  importância  de  que  o  professor  sempre compartilhe  a  proposta  e  o  planejamento  da  atividade  com  suas  turmas  antes  de iniciá-la.  

Fonte: Diretrizes do Programa Integral, Escola de Tempo Integral – Páginas 30 a 32.

 

 

Eletivas

 Disciplinas  eletivas

A  Lei  de  Diretrizes  e  Bases  da  Educação  Nacional,  no  seu  artigo  26,  propõe  ao  currículo uma  Parte  Diversificada  que  fornece  diretrizes  para  a  concepção  das  Disciplinas Eletivas  no  Ensino  Integral.  Os  Parâmetros  Curriculares  Nacionais  do  Ensino  Médio (1999)  estabelecem  para  a  escola,  em  cumprimento  ao  seu  papel  primordial,  pensar num  currículo  como  instrumentação  da  cidadania  democrática,  contemplando  conteúdos  e  estratégias  de  aprendizagem  que  capacitem  o  ser  humano  em  três domínios:  a  vida  em  sociedade,  a  atividade  produtiva  e  a  experiência  subjetiva, sustentados  por  diretrizes  gerais  orientadoras  pelos  quatro  pilares  da  educação  da UNESCO,  Aprender  a  Conhecer,  Aprender  a  Fazer,  Aprender  a  Conviver  e  Aprender  a Ser.  

As  Disciplinas  Eletivas são  um  dos  componentes  da  Parte  Diversificada  e,  devem promover  o  enriquecimento,  a  ampliação  e  a  diversificação  de  conteúdos,  temas  ou áreas  do  Núcleo  Comum.  Considera  a  interdisciplinaridade  enquanto  eixo metodológico  para  buscar  a  relação  entre  os  temas  explorados,  respeitando  as especificidades  das  distintas  áreas  de  conhecimento.

 Dentro  do  currículo  do  Ensino  Integral  as  disciplinas  eletivas  ocupam  um  lugar central  no  que  tange  à  diversificação  das  experiências  escolares,  oferecendo  um espaço  privilegiado  para  a  experimentação,  a  interdisciplinaridade  e  o aprofundamento  dos  estudos.  Por  meio  delas  é  possível  propiciar  o  desenvolvimento das  diferentes  linguagens,  plástica,  verbal,  matemática,  gráfica  e  corporal,  além  de proporcionar  a  expressão  e  comunicação  de  ideias  e  a  interpretação  e  a  fruição  de produções  culturais.

Desta  forma,  os  alunos  participam  da  construção  do  seu  próprio  currículo;  da ampliação,  da  diversificação  de  conceitos,  procedimentos  ou  temáticas  de  uma disciplina  ou  área  de  conhecimento  que  não  são  garantidas  no  espaço  cotidiano disciplinar;  o  desenvolvimento  de  projetos  de  acordo  com  os  seus  interesses relacionados  aos  seus  Projetos  de  Vida  e/ou  da  comunidade  a  que  pertencem;  o favorecimento  da  preparação  para  a  futura  aquisição  de  capacidades  específicas  e  de gestão  para  o  mundo  do  trabalho,  dentre  outras.

As  Disciplinas  Eletivas,  de  organização  semestral,  são  propostas  e  elaboradas por  grupos  de  ao  menos  dois  professores  de  disciplinas  distintas.  O  tema  é  de  livre escolha  professores,  desde  que  se  trate  de  um  assunto  relevante  e  que  seja  abordado de  modo  a  aprofundar  os  conteúdos  da  Base  Nacional  Comum.  

 A  cada  semestre  a  escola  deve  oferecer  aos  alunos  um  conjunto  de  opções  de disciplinas  eletivas.  Cabe  a  cada  grupo  de  professores  responsáveis  por  uma  eletiva fazer  um  plano  de  trabalho,  a  ser  explicitado  por  meio  de  uma  ementa.  A  publicação das  ementas  permite  aos  alunos  escolherem  de  forma  consciente  a  eletiva  que desejam  cursar.  

As  eletivas  devem  ser  planejadas  de  modo  a  culminar  com  a  realização  de  um produto  ou  evento  a  ser  apresentado  para  toda  a  escola.

Tendo  em  vista  o  incentivo  à  convivência  e  à  troca  de  experiências,  as  eletivas têm  por  princípio  a  integração  de  alunos  dos  diversos  anos/séries.  No  ensino fundamental  podem  ser  agrupados  alunos  do    e    anos  e  do    e    anos.  No  ensino médio  podem  ser  agrupados  alunos  das  três  séries.  Para  assegurar  essa  participação na  organização  do  horário  escolar  as  eletivas  devem  ser  oferecidas  todas  no  mesmo horário.

 

Fonte: Diretrizes do Programa Integral, Escola de Tempo Integral – Páginas 28 a 30.

 

Nivelamento

 NIVELAMENTO

Avaliação e o  Processo  de  Nivelamento  das  expectativas  de aprendizagem

A avaliação da  aprendizagem:  os  princípios  e  finalidades articulados  com  as práticas

 Entendemos que refletir  sobre  a  avaliação  da  aprendizagem  na  perspectiva  do Programa  da  Escola  de  Ensino  Integral  pressupõe  não  apenas  repensar  as  concepções e  princípios  avaliativos,  mas  também,  e  principalmente,  pensar  a  própria  escola,  suas finalidades  e  sua  função  social.  Essa vinculação já  foi  explicitada  por  Philippe Perrenoud,  quando  esse  educador  alertava  que  mudar  a  avaliação  significa provavelmente  mudar  a  escola  (PERRENOUD,  1993,  p.173).  A avaliação como instrumento  para  melhorar  o  processo  educacional  e  como  elemento  qualificador  das aprendizagens,  tem  que  ser  uma  das  prioridades  das  políticas  educacionais  em  todos os  níveis  de  ensino  e  em  especial,  nos  programas  destinados  a  ampliar  os  tempos  e espaços  de  permanência  do  aluno  na  escola.

Para que seja  possível  garantir  o  diálogo  sobre  o  tema  da  avaliação  da aprendizagem  entre  quem  elabora  esse  registro  reflexivo  e  quem  o    é  importante pontuarmos  alguns  princípios  e  concepções  que  norteiam  o  nosso  entendimento  sobre o  tema:

Quem avalia tem  decisões  a  tomar  no  sentido  de  qualificar  o  que  está sendo  avaliado. 

Lembramos que este  pressuposto  caminha  na  direção  oposta do  que  a  avaliação  escolar  tradicionalmente  realiza,  quando  o  professor  aplica um  instrumento  de  verificação  do  aprendido  e  informa  o  resultado  para  que  o aluno  tome  decisões  quando  confrontado  com  o  resultado  negativo  alcançado. Na perspectiva da  avaliação  da  aprendizagem  assumida  aqui,  a  finalidade  do avaliador  ao  utilizar  seus  instrumentos  de  avaliação  é  a  de  buscar  referências para  qualificar  o  que  se  propõe  a  fazer,  seja  ensinar  ou  aprender.  Nessa direção, professores e  alunos  precisam  ocupar  a  posição  de  avaliadores  para tomarem  as  melhores  decisões  no  encaminhamento  de  seus  propósitos específicos.

 Se existe certo  consenso  sobre  o  papel  da  escola  como  um  espaço institucional  que  tem  a  finalidade  de  garantir  que  os  conhecimentos construídos  pela  humanidade  sejam  transmitidos  para  as  novas  gerações, o mesmo  não  ocorre  com  o  papel  da  avaliação  educacional.  Responder ao questionamento colocado  a  seguir,  pode  nos  ajudar  nessa  aproximação: Avaliamos  para  Ensinar  ou  Ensinamos  para  Avaliar?   A resposta a  essa indagação  deve  considerar  a  função  social  da  escola,  que  é  a  de  garantir  que  os alunos  aprendam  conteúdos  de  relevância  social  para  que  desenvolvam competências  que  garantam  o  seu  desenvolvimento  pessoal,  preparo  para  a vida  cidadã  e  para  o  mundo  do  trabalho.  Nessa perspectiva a  avaliação  está  a serviço  da  formação  do  educando  e  não  o  inverso.  Avaliamos porque pretendemos ensinar  mais  e  melhor.  

A avaliação deve  caminhar  para  além  da  verificação  da  aprendizagem.

Temos lido e  ouvido  com  muita  insistência  estudiosos  do  tema  avaliação  da aprendizagem  a  afirmação  de  que  avaliação  e  verificação  não  têm  o  mesmo sentido  e  nem  o  mesmo  significado.  No entanto, ainda  vemos  esses  dois termos  sendo  utilizados  como  sinônimos  nas  práticas  avaliativas.    Segundo Ristoff (1996) se  a  avaliação  parar  no  momento  da  verificação  ela  estará  sendo usada  como  um  espelho  que  mostra  a  realidade,  mas  não  serve  para  ‘iluminar’ os  caminhos/decisões  a  serem  tomados.  Na direção que  nos  aponta  esse  autor, a  avaliação  precisa  atuar  também  como  lâmpada,  não  pode  apenas  refletir  a realidade,  mas  iluminá-la,  na  busca  de  sentidos  e  significados  orientadores  das decisões  a  serem  tomadas.

A avaliação expressa  valores,  concepções,  crenças  e  o  posicionamento político-ideológico  do  avaliador. 

Nenhum processo avaliativo  é  neutro. Avaliamos a partir  de  nossas  concepções  e  posicionamentos.  A avaliação da aprendizagem  é,  com  este  enfoque,  um  ato  essencialmente  político.  Além de técnico, é  claro.  Por exemplo, ao  organizarmos  nossa  prática  de  ensinar  e  de avaliar  tendo  como  fundamento  a  crença  de  que  os  alunos  são  capazes  de aprender,  o  instrumento  de  avaliação  utilizado  terá  finalidade  diagnóstica  e mediadora.  Se ao invés  disso,  a  crença  está  na  dificuldade  do  aluno  em assimilar  os  conhecimentos  transmitidos,  a  avaliação  terá  o  caráter  de  ‘prova’, no  sentido  de  comprovar  que  o  aluno  teve  dificuldade  de  aprendizagem.  Essa segunda possibilidade traz  como  consequência  a  impossibilidade  do  avaliador perceber  que  para  todo  ‘problema  de  aprendizagem’  diagnosticado  existe  a correspondência  de  um  ‘problema  de  ensinagem’  a  ser  trabalhado.  O compromisso político e o  saber  técnico  do  professor  é  que  darão  sustentação para  uma  tomada  de  decisão  a  favor  de  qualificar  a  sua  ação  de  ensinar,  a  favor desse  aluno  que  tem  necessidade  de  aprender.  

 O melhor procedimento de  avaliação  é  o  procedimento  de  ensino.

Vasconcellos (1993) já alertava  sobre  a  relação  intrínseca  entre  ensino  e avaliação  na  medida  em  que  não    para  ensinar  autenticamente  sem  avaliar. A primeira coisa a  se  fazer  no  ensino  é  investigar  o  conhecimento  anterior  dos alunos  se  acreditamos  que  o  conhecimento  novo  se    a  partir  de  um  nível  de desenvolvimento  real.  Neste sentido, a avaliação  está  intimamente  relacionada com  o  processo  de  ensino.  Avaliar para implementar o  Programa  de  Ensino Integral  é  possibilitar  a  ampliação  e  a  qualificação  dos  procedimentos  de ensino,  com  vistas  à  melhoria  da  qualidade  das  aprendizagens.  

O ‘produto’ do trabalho  do  professor  não  é  a  aula,  mas  sim  a aprendizagem  do  aluno. 

Quando não acreditamos nisso  é  possível  conceber que  o  ‘professor  ensine’,  ‘sem  que  o  aluno  aprenda’  Uma  avaliação  realizada  de forma  articulada  a  essa  concepção,  possibilita  ao  professor  redirecionar  suas estratégias  e  procedimentos  para  atender  necessidades  específicas  de  seus alunos.  A prova diagnóstica proposta  para  o  início  e  término  do  processo  de nivelamento,  com  o  intuito  de  recuperar  defasagens  de  aprendizagem  dos alunos  ingressantes  na  Escola  de  Ensino  Integral,  possibilita  facilitar  que  esse pressuposto  seja  garantido,  ou  seja,  as  aprendizagens  das  habilidades  e competências  que  ainda  não  foram  desenvolvidas  pelos  alunos  nos  tempos  e espaços  escolares  anteriores, sejam  de  fato  garantidas. 

 

Avaliação em Processo no  Programa  Ensino  Integral  e  o  Processo de Nivelamento

O Programa do Ensino  Integral  tem  por  objetivo  incentivar  os  alunos  a  criarem seus  projetos  de  vida  e  prover  meios  para  que  eles  possam  conseguir  realizá-los. Tendo em vista que  muitos  dos  projetos  de  vida  dos  alunos  dependem  de  um adequado  rendimento  acadêmico  é  importantíssimo  que  todos  os  alunos  possuam  as habilidades  e  competências  necessárias  para  acompanhar  sem  dificuldades  o  conteúdo  lecionado  na  série  em  que  está  matriculado.  Para procurar garantir um  ensino  efetivo, o  modelo  do  Ensino  Integral  preconiza  a  aplicação  de  avaliações  diagnósticas  de Leitura  de,  de  Língua  Portuguesa  e  Matemática  bem  como  o  processo  do  Nivelamento.

A avaliação em processo  aplicada  no  primeiro  e  no  segundo  semestres,  em toda  a  rede  estadual,  é  baseada  no  Currículo  do  Estado  de  São  Paulo  e  afere  as habilidades  dos  conteúdos  das  séries  anteriores  cursadas  pelos  alunos.  É importante garantir a aplicação  dessa  avaliação  em  dois  momentos,  o  de  entrada  e  de  saída daquela  série,  construindo,  assim,  uma  série  histórica  comparativa  dos  seus resultados.  Os resultados obtidos na  avaliação  de  entrada  são  de  grande  importância para  orientar  o  planejamento  dos  professores  e,  sobretudo,  para  iniciar  o  nivelamento dos  conhecimentos  não  adquiridos  na  série  anterior.  Esta ação é fundamental  para que  os  alunos  possam  interagir  com  os  conhecimentos  definidos  para  a  série  que cursam.

Essa avaliação sistemática  e  processual  tem  por  objetivo,  a  partir  da  análise  de seus  resultados,  garantir  o  acompanhamento  multidisciplinar  permanente  e  em caráter  individualizado  a  estudantes,  objetivando  assegurar  a  reorientação  pedagógica às  reais  necessidades  de  aprendizagem.  Assim, a avaliação  tem  como  finalidade verificar  a  evolução  no  domínio  de  competências  e  habilidades  pelos  educandos,  após o  período  de  implementação  das  ações  recomendadas  para  o  Processo de  Nivelamento das  Aprendizagens,  bem  como  oferecer  informações  que  orientem  as  ações  de formação  dos  professores  nos  conteúdos  necessários  ao  apoio  do  aluno  dessas escolas.

O Nivelamento é  uma  estratégia  para  a  aquisição  dos  conhecimentos adequados  e  prescritos  para  as  respectivas  séries/anos  escolares.

O que permite  a  realização  das  ações  de  nivelamento  individualizada  é  o resultado  da  avaliação,  que  mostra  a  situação  de  cada  aluno  em  relação  ao  rol  de habilidades  e  competências  de  seu  ano/série. 

 O Nivelamento prevê  o  uso  de  estratégias  tais  como  a  montagem  de agrupamentos  de  alunos  tendo  por  base  habilidades  e  competências  a  serem  desenvolvidas.  Outras estratégias são  o  monitoramento  dos  ganhos  de  aprendizagem e  a  atribuição  de  tempo  específico  para  o  nivelamento,  tendo  em  vista  que  as  escolas de  Ensino  Integral  contam  com  aulas  de  Orientação  de  Estudo  que,  em  parte,  podem ser  destinadas  ao  trabalho  de  nivelamento.  Há ainda possibilidades  como:  grupos produtivos,  aluno  monitor,  agrupamento  por  dificuldade,  monitoria  do  professor,  etc.

No que tange  a  definição  de  atribuições  e  papéis,  os  professores  das  disciplinas de  Língua  Portuguesa  e  de  Matemática  são  responsáveis  pela  leitura  e  análise  dos dados,  planejamento,  execução,  monitoramento  e  avaliação  do  processo  no  tocante  à sua  disciplina,  sendo  os  demais  professores  corresponsáveis.  Os Professores Coordenadores de  Área  são  responsáveis  pela  validação  e  monitoramento  na  sua  área de  atuação  e  pelo  alinhamento  entre  os  professores  da  área  e  o  Professor Coordenador  Geral.  O Professor Coordenador  Geral  é  responsável  pelo monitoramento,  validação  e  alinhamento  entre  os  Professores  Coordenadores  das diversas  áreas  e  o  Diretor.  O Diretor é  responsável  pelo  monitoramento,  validação  e garantia  da  execução  do  Plano  de  Nivelamento.

O Plano de  Nivelamento  é  um  instrumento  elaborado  para  subsidiar  e  orientar as  ações  do  nivelamento  da  escola,  a  partir  dos  relatórios  dos  resultados  apresentados na  Avaliação  de  Entrada.  Toda a equipe  escolar  deve  se  organizar  em  torno  do  trabalho de  Nivelamento.

A etapa de  elaboração  do  Plano  de  Nivelamento  se  constitui  como  a  mais importante  do  processo.  Nessa  etapa  é  preciso  realizar  a  análise  dos  dados, indicadores  e  informações  apresentados  a  partir  dos  resultados  da  avaliação  em processo  do  primeiro  semestre,  seguido  do  levantamento  de  hipóteses  sobre  as causas,  posicionamento  investigativo  e  proposição  de  ações  reparadoras,  para  que possa  ser  feita  a  definição  de  prioridades,  objetivos,  metas,  indicação  de  ações, definição  de  instrumentos  de  acompanhamento  e  monitoramento,  como  recurso  para gestão  da  aprendizagem,  bem  como  as  ações  que  serão  necessárias  para  atingi-las.  É importante definir ações  que  estimulem  a  corresponsabilidade  dos  alunos  e  de  toda  a comunidade  escolar  no  processo  de  aprendizagem.

 No início do  segundo  semestre  é  aplicada  novamente  a  avaliação  em  processo, de  modo  a  possibilitar  a  verificação  dos  avanços  de  cada  aluno,  bem  como  da  eficácia do  nivelamento  que  foi  realizado.  A aplicação dessas  avaliações  se  faz  em  dois momentos,  possibilitando,  assim,  a  construção  de  uma  série  histórica  comparativa  dos seus  resultados.

O acompanhamento e  a  avaliação  do  Nivelamento  ocorrem  simultaneamente  e possibilitam  verificar  se  as  estratégias  estão  conduzindo  aos  resultados  pretendidos. Implica em monitoramento  das  ações,  avaliando  se  as  estratégias  do  Plano  de  Ação  do Nivelamento  estão  sendo  executadas  de  acordo  com  os  objetivos,  metas  e  prazos planejados.   Nesta etapa, as  informações  obtidas  se  transformam  em  indicadores  de tendências  e  de  resultados  para  produzir  conhecimento  sobre  todo  o  processo  de aprendizagem. É neste momento  que  a  avaliação  em  processo  do  segundo  semestre  se configura  como  indicador  de  resultado  e  métrica  para  a  realização  da  análise  das  ações executadas  no  referido  plano.

Por fim, chega-se  à  etapa  da  ação  e  ajuste  do  Plano  do  Nivelamento. Ao final do período,  após  a  aplicação  da  avaliação  em  processo  do  segundo  semestre,  é imprescindível  proceder  a  correção  do  Plano  de  Nivelamento,  ajustando  estratégias, metas,  indicadores  e  outras  variáveis  em  função  da  vivência  de  cada  um  e  dos resultados  alcançados.  Nessa etapa são  identificadas  as  boas  práticas  para  replicá-las  e identificados  os  desvios  para  corrigi-los.  

 

Fonte: Diretrizes do Programa Integral, Escola de Tempo Integral – Páginas 22 a 28.

 

Orientação de Estudo

Orientação   de Estudo Materiais e documentos em:  https://drive.google.com/drive/folders/143HXqFor0j4RiZq6UQSIl2IBEi97h-jX?usp=sharing A ...